MPC/RR será o primeiro a implantar Laboratório de Engenharia na Região Norte

Foto: Ascom/MPCRR

MPC/RR será o primeiro a implantar Laboratório de Engenharia na Região Norte

Sidney Minholi, presidente da Comissão do Laborat

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Ascom/MPC


O Ministério Público de Contas de Roraima (MPC/RR) será o primeiro da Região Norte a implantar um Laboratório de Engenharia para o auxílio de demandas técnicas, principalmente no que compete a especificações da área de construção civil, como as obras públicas que são acompanhadas pelo órgão. A implantação atende a solicitação feita pelo procurador-geral, Paulo Sousa, durante sua posse, no início do ano.


Segundo o presidente da Comissão do Laboratório de Engenharia do MPC/RR, Sidney Minholi, o projeto vai contar com o auxílio da Universidade de Brasília (UnB) em todas as fases. “A Comissão apresentou uma proposta de consultoria técnica que foi aprovada com unanimidade pelo Conselho Universitário da UnB. O MPC/RR autorizou a elaboração do convênio e agora estamos em fase de assinatura”, explicou.


Atualmente, a UnB e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) são as instituições que lideram, e utilizam, a metodologia para análise de obras civis em vigor no Brasil: o Método Medina. “O DNIT, inclusive, também vai participar da execução do projeto junto a UnB, tendo em vista o trabalho já realizado entre ambos na esfera nacional”, disse Minholi.


A coordenadora do Departamento de Engenharia da UnB, professora doutora Cláudia Gurjão, avaliou a importância da demanda para a consolidação dos dados nas pesquisas já realizadas no Distrito Federal e em outros Estados da União. “Veio a contribuir para o que já realizamos junto ao DNIT, que é uma nova tecnologia a ser implantada no país. Portanto, precisamos de dados oficiais de todo o Brasil”, falou.


Na sexta-feira, 30, durante encontro remoto entre a Comissão do Laboratório de Engenharia e Comissão da UnB, foram discutidas informações de compras e as etapas iniciais das aquisições de equipamentos para o laboratório. O próximo passo, segundo Minholi, é providenciar os Termos de Referências para compra de material e a locação de um espaço físico, ainda não definido, para a implantação do laboratório.


Acordo de cooperação - Paralelo ao convênio a ser firmado junto a Universidade de Brasília (UnB), o MPC/RR também vai contar com o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), por meio de um Acordo de Cooperação Técnica. Na prática, o MPC/RR terá o IPT como uma instituição que vai orientar análises e laudos de imediato, independente de já haver, ou não, um laboratório físico.


Para Minholi, o destaque principal em relação ao Acordo é a necessidade de metodologia nos equipamentos a serem utilizados. “Nossos laudos só têm valor se os equipamentos estiverem de acordo com a metodologia regulamentada nacionalmente na área de engenharia, e o IPT é uma das únicas instituições que têm possibilidade de emitir esses laudos”, pontuou.


“Olho físico para fiscalizar obras públicas”, diz engenheiro sobre laboratório


Para o engenheiro e membro da Comissão do Laboratório de Engenharia do MPC/RR, Celino Ribeiro, a implantação de um Laboratório de Engenharia agrega valor à fiscalização do custo e à melhoria da qualidade do serviço público, bem como a durabilidade da obra. “O Estado está precisando de um olho físico para fiscalizar as obras públicas, no momento não temos. Se um leigo percebe que há algo errado, algo deve estar errado”, destacou.


Assim como há obras de alto custo que possuem durabilidade de 10 anos, ou mais, o engenheiro frisou as construções de alto custo que não duram nem um ano. Com a implantação de um laboratório próprio, o MPC/RR terá autonomia, segurança na análise, confidencialidade no caso e, consequentemente, redução de custos. “Se você não tem laboratório, você gasta com a coleta do material e com a logística de envio para outro Estado, gera um transtorno e às vezes não tem nem validade”, frisou.