Com a proximidade de implantação do Laboratório de Engenharia do Ministério Público de Contas de Roraima (MPC/RR), prevista para 2022, o órgão realizou, em parceria com a Universidade de Brasília (UnB), o 1º Seminário de Aplicação do Método Medina na Fiscalização de Obras Públicas. O evento ocorreu nesta quinta-feira, 18, no auditório do Programa de Pós-graduação em Recursos Naturais (PRONAT) da Universidade Federal de Roraima (UFRR).
O Método Medina é o guia no dimensionamento de estruturas de pavimentos, permitindo o desenvolvimento de projetos mais econômicos e duradouros, seja a nível federal, estadual ou municipal. Segundo o presidente da Comissão do Laboratório de Engenharia do MPC/RR, Sidney Minholi, a realização do evento propicia a união com a comunidade acadêmica e científica, tendo em vista que a participação da sociedade pode vir a auxiliar a atuação do Laboratório.
"Levantamos características e anseios deles, quanto executores, das dificuldades que existem, como definição de locais, por exemplo. A partir desses relatos, percebemos que se trata de um trabalho conjunto, além de ser uma oportunidade ímpar para o Estado, respeitando o tripé de desenvolvimento social, ambiental e econômico", disse.
Um dos palestrantes foi o professor Rafael Cerqueira, da UnB, que apresentou os Aspectos Regionais e Relação entre Ensaios de Campo e Laboratoriais para Previsão de Vida Útil de Pavimentos pelo Método de Dimensionamento Nacional (MeDiNa). Para Cerqueira, o principal diferencial do Medina é a previsão do desempenho ao longo do tempo, o que contribui nas tomadas de decisões.
"É importante que a gente comece a enxergar os materiais sob uma ótica diferente, sob tensões e deformações, onde teremos um modelo de previsão de desempenho. Isso possibilita tomada de decisões mais consistentes em relação ao uso de recursos públicos e as decisões gerenciais, como o momento certo de atuar, o que inclui questões de sustentabilidade.", explicou Cerqueira.
O vice-reitor da UFRR, professor Silvestre Nóbrega, destacou a importância da integração do MPC/RR junto às instituições e a comunidade acadêmica. "A iniciativa do MPC/RR e trazer isso para nós é essencial para que os alunos e professores passem a utilizar, também, dessa tecnologia. Dessa forma, ficamos à disposição para que o projeto ocorra da melhor forma para todos", pontuou.
Estiveram presentes representantes do Departamento de Engenharia da UnB, representantes da Estácio e a comunidade acadêmica.