Com objetivo de dar continuidade ao trabalho de análise da qualidade da pavimentação e durabilidade das rodovias do estado, o Laboratório de Engenharia do Ministério Público de Contas de Roraima (MPC/RR) encaminhou materiais coletados na BR-432 para verificação na Universidade de Brasília (UnB).

A instituição de ensino conta com um convênio junto ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) para implantar no Brasil trechos experimentais utilizando a metodologia MeDiNa (programa de computador que realiza a verificação e o dimensionamento de estruturas de pavimentos asfálticos).

Segundo o presidente da Comissão do Laboratório de Engenharia do MPC/RR, Sidney Minholi, o primeiro trecho experimental devidamente implementado em Roraima fica na BR-432.

Durante a implementação da estrada feita pelo DNIT em parceria com o Exército Brasileiro,, foram coletadas as amostras de brita, pó de brita, cascalho laterítico, argila arenosa e areia pesando um total de 670 kg. Após autorização da Agência Nacional de Mineração, as coletas foram enviadas para o Laboratório da UnB via terrestre.

“Desta forma o Laboratório da UnB poderá fazer os estudos dessas amostras que nós coletamos aqui. Esses ensaios vão apresentar as características tanto do solo de Roraima, quanto do asfalto que foi implementado. Isso vai nos auxiliar a ter uma previsão de quando que vai romper esse asfalto, o tempo de vida útil dele”, explicou.

Minholi ressaltou também que o trecho onde as amostras foram coletadas foi escolhido pela sua proximidade com a Capital e facilidade de acompanhamento da obra e por se tratar de uma estrada ‘temporária’, com previsão da futura implementação de uma ponte. 

Assim, é possível fazer uma análise mais profunda, sem atrapalhar os condutores que passam pelo trecho. “Baseado nessas informações vamos ter condições de apresentar futuros projetos utilizando a metodologia mais adequada a ser utilizada aqui no estado”, completou.

TREINAMENTO - O presidente da Comissão explica ainda que os engenheiros do MPC/RR poderão acompanhar os ensaios. “Os servidores serão treinados para que possam repetir esses ensaios no Laboratório de Engenharia do MPC/RR, assim que ele estiver em pleno funcionamento já com os equipamentos que estão em fase de licitação”, pontuou.

O engenheiro Celino Ribeiro também complementou que o envio das amostras é o pontapé inicial para o início dos trabalhos de produção de dados do estado. “É o start inicial que precisamos para manter o Laboratório de Engenharia em funcionamento”.